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| Vestígios: o arquivo, o direito, o perdão e a (im)possibilidade de testemunhar |
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| Por: Katia Kosick e Bruno Lorenzetto
Resumo Entrelaçando as possíveis ambigüidades do conceito de memória, por meio da alegoria presente no livro Fedro de Platão, o artigo busca refletir sobre a relação existente entre o direito, o arquivo e o testemunho sob a influência da noção agambeniana de dispositivo. Parte-se das noções clássicas de testemunho e arquivo apresentadas por Ricoeur e expõe-se, em seqüência, a relação entre o arquivo e o poder, desde a óptica de Derrida, e a questão colocada pela (im)possibilidade do testemunho, pensada a partir do livro "O que resta de Auschwitz". Nesse sentido, os fundamentos do artigo se voltam para a discussão da construção de outras perspectivas sobre estas instituições, que se apresentam aprioristicamente inofensivas, e como a relação delas com o poder pode ser elaborada, desde a idéia de captura provocada pelos dispositivos até uma possível profanação ou a formulação de um uso diferenciado destas categorias. Por último, expõe-se a categoria singular do perdão incondicional de Derrida, fora dos trilhos do sistema de poder dos dispositivos, em sua busca por uma definição semântica pura, excepcional, extraordinária do ato de perdoar. Palavras-chave Arquivo; Direito; Testemunho; Dispositivo; Perdão.
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Abstract Interlacing the possible ambiguities of the concept of memory, through the allegory in the book Fedro of Plato, the article seeks to reflect on the relationship between the right, the archive and the testimony under the influence of the Agamben’s concept of device. Starting from the classic notions of testimony and archive presented by Ricoeur, it shows, in sequence, the relationship between the file and the power, from the perspective of Derrida, and the question posed by the (im)possibility of the testimony, thought from the book "What remains of Auschwitz." Accordingly, the grounds of the article are pointed to discuss the construction of other perspectives on these institutions, who are seeing ex ante harmless, and the relationship of them with the power can be developed from the idea of capture caused by the devices until a possible profanation or the formulation of a differential use of these categories. Finally, it is exposed the singular category of Derrida’s unconditional forgiveness, out of joint of the power system from devices, in his search for a purely, exceptional, extraordinary semantic definition from the act of forgiveness. Keywords Archive; Law; Testimony; Device; Forgiveness.
Vestígios: o arquivo, o direito, o perdão e a (im)possibilidade de testemunhar
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Nº 36, jan./jun.2010 |
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